Técnica inovadora pode tornar cura para a Progeria uma realidade

Considerada uma doença genética ultrarrara, a Progeria acelera o processo de envelhecimento de uma pessoa em cerca de sete vezes na comparação com a taxa normal. Ou seja, encurta drasticamente a vida das mesmas até, em média, os 14 ou 15 anos. No entanto, a cura para ela pode estar no horizonte. Um grupo de acadêmicos e cientistas norte-americanos está trabalhando no sentido de desacelerar e/ou deter a Progeria com uma técnica inovadora.

A doença afeta uma em cada 18 a 20 milhões de pessoas. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos existem apenas 18 pacientes conhecidos vivos. Em um ponto específico de um gene conhecido como lamin A, uma única letra entre a sequência de três bilhões de letras individuais que compõem o DNA humano se apresentada como alterada – a mutação ocorre em um espermatozoide ou óvulo ainda antes da fecundação -, resultando na produção de uma proteína tóxica, a progerina, que perturba o suporte que mantém o núcleo de uma célula em sua forma adequada. Com isso, as células começam a se deteriorar após algumas divisões, parecendo cada vez mais incomuns.

O surgimento de uma nova era da medicina molecular, com avanços na edição de genes, tornou possível a perspectiva de cura da Progeria. Os novos tipos de edição de genes são potencialmente a resposta para um sonho que todos querem que se torne realidade. Testes já foram feitos em camundongos, mas por enquanto não existe garantia alguma que haverá o mesmo efeito sobre seres humanos.

Os pesquisadores afirmam que o método, se comprovada a sua eficácia, também pode ajudar a tratar outras doenças genéticas raras que não têm tratamentos ou curas e que, como a citada, despertam pouco interesse das empresas farmacêuticas. Assim, depois de 25 anos de pesquisa, o grupo está se aproximando de fabricantes e planejando buscar a aprovação dos reguladores para um ensaio clínico sobre edição de genes da Progeria.

Fonte: The New York Times